Exame utilizado no diagnóstico de difteria. A difteria é uma doença causada por um bacilo toxigênico chamado Corynebacterium diphthriae, que tem como habitat as amígdalas, faringe, laringe, nariz e ocasionalmente outras mucosas e a pele. A transmissão se dá pelo contato direto de pessoas doentes ou portadoras com pessoas suscetíveis, através de gotículas de secreção respiratória, eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. O período de incubação do bacilo varia entre 1 a 6 dias e pode ser transmitido até 2 semanas após o início dos sintomas. A principal manifestação clínica da doença é a presença de placas pseudomembranosas branco-acinzentadas, aderentes, que se instalam nas amígdalas e invadem estruturas vizinhas. Clinicamente manifesta-se por comprometimento do estado geral do paciente, que pode apresentar-se prostrado e pálido, a dor de garganta é discreta, febre baixa, nos casos mais graves, há intenso edema do pescoço, com grande aumento dos gânglios linfáticos dessa área e edema periganglionar nas cadeias cervicais e submandibulares. Dependendo do tamanho e localização da placa pseudomembranosa, pode ocorre asfixia mecânica aguda no paciente, o que muitas vezes exige imediata traqueostomia para evitar a morte. As complicações podem ocorrer desde o início da doença até, na sua maioria dos casos, a 6ª ou 8ª semana, quando os sintomas iniciais já desapareceram. Seu estabelecimento pode estar relacionado com a localização e a extensão da membrana, a quantidade de toxina absorvida, o estado imunitário do paciente, a demora no diagnóstico e no início do tratamento, sendo as principais complicações a miocardite, neurite e problemas renais.