A distrofia miotônica tipo 1 (DM1), também conhecida como distrofia miotônica de Steinert (DMS), é um transtorno multissistêmico que afeta os músculos esquelético e liso, bem como os olhos, coração, sistema endócrino e o sistema nervoso central.
Frequentemente começa a se manifestar na idade entre 20 e 30 anos, e caracteriza-se pelo fenômeno miotônico, fraqueza muscular progressiva e hipotrofia da musculatura do pescoço, da face e das partes distais de membros.
A distorifa miotônica de Steinert apresenta herança autossômica dominante com penetrânica incompleta e expressividade variável. Os achados clínicos, que vão de moderados a graves, foram categorizados em três fenótipos que se sobrepõe: moderado, clássico e congênito.
A DMS é causada por alterações no gene DMPK, localizado no cromossomo 19q13.3. Um aumento de repetições das trincas CTG neste gene caracterizam a principal alteração na DMS, pois ocorre em mais de 98% dos casos. Enquanto o genótipo normal apresenta entre 5 e 30 repetições de CTG, no paciente afetado ocorrem pelo menos 50 repetições, podendo chegar até milhares delas.
A distrofia miotônica tipo 2 (DM2), também conhecida como distrofia muscular proximal, é uma desordem multissistêmica. Indivíduos que sofrem de DM2 apresentam rigidez e dores musculares, fraqueza muscular progressiva, miotonia, hipogonadismo masculino, arritmia cardíaca, diabetes e catarata precoce. Outros possíveis sintomas incluem disfunção cognitiva, hipersonia, tremores e perda auditiva.
A DM2 é causada por uma expansão dos nucleotideos CCTG no intron 1 do gene CNBP (ZNF9), localizado no cromossomo 3q21.3, sendo o único gene conhecido associado a DM2. Indivíduos saudáveis possuem até 30 dessas repetições, enquanto que pacientes com DM2 possuem entre 75 e 11000 repetições.