A febre botonosa é uma zoonose com predomínio estival, endêmica nos países da orla mediterrânica. O microrganismo responsável pela doença, a Rickettsia conorii é um parasita intracelular obrigatório com características dos bacilos gram negativos, transmitido acidentalmente ao homem pelo artrópode Riphicephalus sanguineus. A tríade clássica diagnóstica é caracterizada por febre, exantema e escara de inoculação. Esta doença tem um período de incubação média de 3 a 7 dias ao qual se seguem as manifestações clínicas. O diagnóstico laboratorial faz-se atualmente por imunofluorescência indireta, que dosa os títulos dos anticorpos para a Rickettsia conorii. Recomenda-se a realização de duas coletas com 7 a 10 dias de intervalo, pois coletas muito precoces poderão ser negativas.