A leucemia mielógena crônica (LMC) é um transtorno de células-tronco hematológicas causado pelo aumento e proliferação desregulada das células mieloides na medula óssea, e a acumulação excessiva de células brancas do sangue. A Abelson tirosina quinase (ABL) é uma tirosina quinase não receptora implicada no crescimento e na proliferação celular e está, em geral, sob um estrito controle. Contudo, 95 % dos pacientes com LMC têm o gene ABL do cromossomo 9 fundido com o cluster (BCR) do cromossomo 22, o que resulta em um cromossomo conhecido como o cromossomo Filadélfia. Este cromossomo é responsável pela produção de BCR-ABL, e produz uma tirosina quinase constitutivamente ativa que causa a proliferação celular não controlada. Um inibidor de ABL, imatinib, foi aprovado pelo FDA para o tratamento da LMC, e utiliza-se atualmente como terapia de primeira linha. Contudo, foi observada uma alta percentagem de recaída clínica devido ao tratamento a longo prazo com imatinib. A maioria destes pacientes com recaída têm várias mutações pontuais no lugar da união de ATP do domínio quinase de ABL na transcrição BCR-ABL e ao seu redor. Para fazer frente à resistência de mutação BCR-ABL do imatinib, desenvolveram-se inibidores de segunda geração, tais como dasatinib e nilotinib. Estes compostos foram aprovados para o tratamento dos pacientes com LMC que são resistentes a imatinib. Todos os mutantes de BCR-ABL são inibidos pelos inibidores de 2 ª geração, com a exceção do mutante T315I. Vários inibidores de 3 ª geração como AP24534, VX-680 (MK-0457), PHA-739358, PPY-A, XL-228, SGX-70393, FTY720 e TG101113 estão sendo desenvolvidos para o tratamento da resistência quando a mutação T315I está presente.