Foto: Estado de Minas
Kaya Mind divulga análise exclusiva que revela quais são as maiores dificuldades no setor.
A Kaya Mind, primeira empresa brasileira especializada em dados e inteligência de mercado no segmento da cannabis, do cânhamo e de seus periféricos, identificou que o preço do tratamento à base de cannabis é visto pelos profissionais da saúde como a maior dificuldade para se trabalhar no setor. Em seguida, está o preconceito e a falta de informações acerca do tema.
A pesquisa foi realizada na 1ª Conferência Internacional de Cannabis Medicinal (CICMED), em São Paulo (SP), de 11 a 13 de agosto, sendo que a tabulação dos dados do estudo acaba de ser divulgada. O evento foi destinado para médicos e profissionais de saúde com objetivo de desmistificar e disseminar informações sobre o universo da cannabis. Além disso, trouxe os mais relevantes tópicos sobre a temática e suas aplicações em diferentes áreas da saúde, contando com a participação de renomados médicos e cientistas brasileiros e internacionais especialistas no assunto.
Segundo a Kaya Mind, dos 149 entrevistados, 36,9% acreditam que os valores referentes ao uso dos ativos são os maiores desafios. Além disso, do total, apenas 45,6% trabalham com cannabis e a maioria tem atuação recente no meio, prescrevendo cannabis há 2 anos ou menos. E é importante reforçar que os 149 entrevistados não correspondem à totalidade de profissionais da saúde que têm um posicionamento sobre o tema – o dado é referente a quantidade de pessoas entrevistadas durante a pesquisa.
Para Thiago Dessena Cardoso, cofundador e CIO da Kaya Mind, o alto valor dos produtos à base de cannabis ocorre, principalmente, pela necessidade de importação. “A nossa legislação atual não permite o plantio e cultivo em solo brasileiro. Por isso, trazer esses medicamentos para o Brasil encarece o produto, considerando que, para comprar, temos que converter a nossa moeda para a do país que fornece o insumo”, explica.
CRESCIMENTO
Além de pontuarem o preço como um dos maiores desafios, entre os profissionais da saúde prescritores de cannabis que responderam à pesquisa, 95,6% indica cannabis para tratar dores, seguido de condições mentais (ansiedade e depressão), com 82,3%, e distúrbios do sono também 82,3%. Vale dizer que os prescritores podiam assinalar mais de uma resposta.
Além disso, grande parte prescreve por meio da RDC 660, ou seja, receita produtos que só estão disponíveis via importação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), totalizando 82,3%. Depois, estão os produtos de associações (50%) e, em seguida, os derivados que estão à venda em farmácias convencionais e foram autorizados pela RDC 327 (32,3%).
De acordo com Maria Eugenia Riscala, cofundadora e CEO da Kaya Mind, o número de médicos prescritores de cannabis no Brasil vem crescendo gradativamente. “Fornecer informações referentes aos benefícios do uso dos ativos para o tratamento de diversas doenças é fundamental para que esse número de profissionais aumente cada vez mais. Quanto mais pessoas envolvidas na pauta, mais visibilidade para uma possível regulamentação”, conclui.
Fonte: Kaya Mind
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