Junho Violeta reforça como ficar alerta aos sinais.
O dia 15 de junho foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa. A data, criada em parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e com a Rede Internacional de Prevenção de Abusos contra Idosos (INPEA) desde 2006, tem o objetivo de abordar medidas para prevenir e identificar a violência, negligência e abuso contra os idosos.
A violência com esse público pode ser definida como um ato único, repetido ou a falta de ação apropriada capaz de causar dano ou sofrimento a pessoa idosa. O tema é ainda questão social global que afeta diretamente a saúde e os direitos humanos de milhões de idosos, questão essa que teve aumento considerável de casos devido ao isolamento provocado pela pandemia do Covid-19.
Segundo números da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, em 2021, 37 mil notificações de violência contra os idosos foram recebidas, sendo 29 mil delas sobre violência física. Entre os principais tipos de violência contra os idosos estão: negligência, abandono, abuso financeiro, violência física, emocional, psicológica ou sexual.
Para a diretora da Universidade Sem Fronteiras, Izabel Cavalcante, é de extrema importância que o idoso consiga ter a liberdade de envelhecer bem, para ser capaz de identificar pequenos detalhes que fujam de sua normalidade. “Com os nossos alunos, buscamos mostrar para eles o significado de envelhecer com qualidade, tendo condições de através disso, identificar possíveis casos de violência seja ela de qual tipo for. Acima de tudo, recomendamos que esses idosos tenham um núcleo de convívio social de confiança, onde ele possa se sentir à vontade para falar sobre a sua rotina. Por isso, procuramos oferecer o acesso ao conhecimento, mas também às pessoas e ambientes sociais que são capazes de fazer a diferença na saúde física, mental e psicológica desse público”, destaca.
Quem desejar buscar orientação ou denunciar casos de violência contra a pessoa idosa, pode entrar em contato através de unidades municipais de saúde, delegacias, disque 100 (Direitos Humanos) ou 190 (Polícia Militar).