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Segundo os dados da pesquisa do IFEPEC, se percebe claramente os reflexos da diminuição do poder aquisitivo da população.

O peso da inflação nas farmácias já está escancarado no bolso do consumidor e faz o tíquete médio cair 19% em um ano, considerando o período de 12 meses até maio. A cesta de produtos adquiridos também sofreu uma redução, conforme apontou a 5ª edição da pesquisa do IFEPEC – Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa em parceria com a Unicamp. O levantamento envolveu 4 mil consumidores em todo o país. Em um ano, o tíquete médio caiu de R$ 55,02 para R$ 43,71.

“Segundo os dados da pesquisa, que é realizada anualmente com clientes das farmácias de forma presencial, se percebe claramente os reflexos da diminuição de poder aquisitivo da população. Atualmente, eles compram menos unidades por visitas aos PDVs e buscam produtos de menor valor agregado, o que tornou significativa a diminuição do tíquete médio”, aponta Edison Tamascia, presidente da Febrafar, responsável por encomendar o estudo.

INFLAÇÃO NAS FARMÁCIAS MUDA TAMBÉM A CESTA DE COMPRA

A pesquisa revelou ainda os impactos da inflação nas farmácias na cesta de compras. A quantidade média de itens adquiridos por consumidor caiu de três para 2,6. Já o valor médio por produto passou de R$ 18 para R$ 16,81. “Os resultados traçam uma radiografia real do comportamento de consumo no varejo farmacêutico e exigem que o setor reestruture suas estratégias, apostando em mais assertividade na interação com os clientes”, acrescenta.

OUTROS FATORES MOTIVAM QUEDA DO TÍQUETE MÉDIO

Na visão de Adriano Schinetz, consultor especialista em varejo e gestão empresarial, pelo menos outros dois fatores podem ter impulsionado essa diminuição no tíquete médio. “Nos anos de 2020 e 2021, houve demanda por produtos que não faziam parte do portfólio de vendas de algumas farmácias, como álcool em gel, máscaras e luvas”, avalia. Além disso, a frequência nas farmácias sofreu redução. “Muitos consumidores deixaram de visitar as farmácias 3 ou 4 vezes por mês e passaram a fazer somente uma visita para evitar risco de contágio”, complementa.

TENDÊNCIAS NO ATO DA COMPRA

O levantamento elenca também tendências que ganharam evidência sob o impacto da pandemia e do cenário macroeconômico.

Importância da prescrição médica: 68% dos consumidores afirmaram que os medicamentos comprados tinham origem de prescrição médica, ainda que nem todos portassem a receita no momento da compra. Lembrando que hoje muitos medicamentos são de uso contínuo e que grande percentual dos produtos adquiridos nas farmácias são MIPs.

Fidelidade e melhor preço em alta: outra mudança no perfil cada vez mais observada é que mais consumidores afirmam que o preço foi o principal fator para a escolha da farmácia, atingindo 79,9% dos entrevistados. No ano anterior esse número era de 75,4%. Além disso, 86% dos entrevistados participam de algum programa de fidelidade.

Finanças é principal fator para não comprar: também cresceu o número de consumidores que deixaram de adquirir algum produto por questão financeira, sendo que mais de 19% dos entrevistados reportaram ter deixado de adquirir produtos que desejavam comprar.

Genéricos confiáveis: foi avaliado o grau de confiança dos entrevistados nos produtos genéricos. Com isso se observou que esse tipo de produto já caiu na preferência dos pesquisados, sendo que somente 3,3% afirmaram ter um nível de confiança ainda baixo.

Cresce compra digital: quase 17% dos entrevistados afirmaram que compram frequentemente ou raramente pela internet ou por aplicativos, ou seja, de forma virtual, quando comparado com períodos anteriores é mais que o dobro. Apesar de ser uma porcentagem ainda relativamente baixa, isso mostra que essa é uma modalidade que vem crescendo.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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