Pneumologista infantil do Vera Cruz Centro Médico São Camilo explica cenário e alerta para causas e consequências da doença.
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Um número assustador, que pode passar despercebido no dia a dia, não foi esquecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) desde 2009. Naquele ano, o órgão instituiu o 12 de novembro como o Dia Mundial da Pneumonia, cujo objetivo é conscientizar sobre a importância da prevenção à doença. Não é para menos. A patologia infecciosa aguda, que acomete pulmões e pode ser provocada por bactérias, vírus, fungos ou pela inalação de produtos tóxicos, mata quase um milhão de crianças mundialmente a cada ano. Média superior a duas mil por dia. É, inclusive, a principal causa de óbitos em pequenos abaixo dos cinco anos.
Segundo Rafaelli Duarte de Medeiros, pneumologista pediátrica do Vera Cruz Centro Médico São Camilo, desde 2010, quando a vacina Pneumo 10 foi incluída no Programa Nacional de Imunizações do SUS, foi possível observar uma redução significativa nas internações e óbitos pela doença na faixa etária pediátrica.
“Em 2020, com a pandemia de Covid-19, tivemos medidas de isolamento social, fechamento de escolas e uso de máscaras. O efeito, além da diminuição na transmissão do coronavírus, foi uma significativa redução na transmissão de outras doenças respiratórias. Após dois anos, vivemos um cenário completamente oposto, pois com o relaxamento das medidas, as crianças retornaram às escolas, voltamos ao convívio social com aglomerações e tivemos a liberação do uso de máscaras, acarretando um aumento considerável na procura por atendimento pediátrico por sintomas respiratórios devido a resfriados, bronquiolites, asma e pneumonia”, explica.
De acordo com a médica, isso provavelmente aconteceu por conta de as crianças pequenas ainda estarem vulneráveis à maior parte dos vírus e bactérias; e por crianças maiores, adolescentes e adultos terem passado por uma perda da memória imunológica, tornando-se novamente suscetíveis.
MAIS DE 600 MIL INTERNAÇÕES/ANO NO BRASIL
Segundo levantamento do SUS (Sistema Único de Saúde) neste ano, o Brasil registra, anualmente, mais de 600 mil internações por Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) e Influenza. De acordo com o DATASUS, 44.523 pessoas morreram por pneumonia de janeiro a agosto de 2022. No mesmo período do ano passado, foram 31.027 óbitos, um aumento de 43,5%.
“Alguns aspectos importantes devem ser observados, como a queda da cobertura vacinal geral, inclusive da Pneumo10, aumentando o risco de evoluções graves e desfavoráveis, o uso indiscriminado de antibióticos, levando ao aumento da resistência bacteriana, e a falta de medicamentos antimicrobianos, dificultando ou atrasando o início do tratamento, com risco de evolução para complicações da infecção”, adiciona Rafaelli. Essa mesma queda da cobertura vacinal pode representar um risco para ressurgimento de doenças anteriormente controladas ou erradicadas, como sarampo, poliomielite e meningite.
CUIDADOS ESSENCIAIS PARA A PREVENÇÃO
Segundo a especialista, hábitos de higiene rotineiros e cuidados com vícios são primordiais para a prevenção. “O fumo e as bebidas alcoólicas, por exemplo, interferem no sistema imunológico. Portanto, é bom cortar ou ter extrema moderação. Lavar as mãos, evitar aglomerações e tomar as vacinas da gripe e contra a bactéria pneumococo também são importantes, pois atenuam sintomas e estágios de gravidade. Consequentemente, diminuem a chance de óbito”.
Para diagnóstico e tratamento da pneumonia, o Vera Cruz, bem como suas outras unidades hospitalares em Campinas e região, conta com uma equipe capacitada e multidisciplinar para a realização de exames clínicos, ausculta pulmonar, radiografias e para a indicação do tratamento adequado, sempre feito de forma individualizada e levando em consideração a origem da pneumonia, seja bacteriana, viral, via fungos ou inalação tóxica.
FONTE: Dra. Rafaelli Duarte de Medeiros | CRM: 157078 | RQE Pediatria: 68875
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